segunda-feira, 17 de maio de 2010

Teimosa Presença

Eu continuo acreditando na luta
Não abro mão do meu falar onde quero
Não me calo ao insulto de ninguém
Eu sou um ser, uma pessoa como todos
Não sou bicho, um caso raro
ou coisa entranha
Sou a resposta, a controvérsia, a dedução
A porta aberta onde entram discussões
Sou a serpente venenosa: bote pronto
Eu sou a luta, sou a fala, o bate-pronto
Eu sou o chute na canela do safado
Eu sou um negro pelas ruas do país.

Lepê Correia (Livro: Cadernos Negros)



- Lendo esse poema devemos desconstruir o estereótipo de incompetência, de feio, sujo e mau atribuído ao negro.


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